Futuro do trabalho: valor e significado além do custo

por Equipe Alstra

Com a adoção cada vez mais rápida de novas tecnologias, o mundo corporativo se pergunta como será o futuro do trabalho. Embora as mudanças sejam estimuladas por esses avanços, são as relações humanas que têm passado pelas maiores alterações e como chegar no futuro entre as empresas que se destacam é o que muitos estão se perguntando.

No artigo “ Reframing the Future of Work ”, publicado pela MITSloan, os autores questionam se as empresas estão tomando iniciativas que realmente tragam resultados alinhados ao futuro do trabalho. Muitas companhias quando investem em automação, machine learning e inteligência artificial só se preocupam com a redução de custos, mas a questão é muito mais complexa.

Segundo o texto, se as empresas mantiverem essa perspectiva de que as ferramentas tecnológicas são para cortar custos e fazer o trabalho mais rapidamente, com menos presença humana, elas apenas levarão o trabalho que realizam no presente para o futuro, sem se atualizar.

Novas dimensões

No artigo, os executivos apontam duas mudanças essenciais que as empresas devem fazer
para se inserir na nova realidade:

  1. Trocar custo por valor e significado;
  2. Mudar o foco que está apenas na empresa para o cliente, a força de trabalho e a empresa

Visão de longo prazo

Uma das recomendações dos profissionais para os líderes que se sentem pressionados pela necessidade de mostrar resultados a curto prazo é diminuir o zoom e tomar distância para enxergar a realidade a longo prazo. A dica é perceber como essas mudanças vão afetar o mercado no prazo de 10 a 20 anos e, assim, conseguir ter uma visão de como a empresa pode ter sucesso no futuro. A partir daí, fica mais fácil traçar metas e abrir o horizonte das oportunidades, sem focar apenas no corte de custos, considerando as duas dimensões do quadro.

Mais do que novas tecnologias, o trabalho do futuro será baseado em novos olhares. No artigo The Future of Human Work Is Imagination, Creativity, and Strategy, para Harvard Business Review, o professor Joseph Pistrui, da IE Business School em Madri, por exemplo, levanta quatro pontos importantes a serem considerados para “pensar sobre as pessoas que serão deixadas para trás quando os caminhões trouxerem toda a tecnologia”:

  • Mágico de Oz: o modelo do CEO que fica atrás de uma cortina sozinho lidando com uma máquina complexa, como o personagem da literatura e do cinema, é equivocado, de acordo com o autor. A função da tecnologia é aumentar a produtividade, não cortar funcionários. Pessoas serão essenciais para que os robôs funcionem bem.
  • Estratégia: estudos da consultoria McKinsey têm mostrado que os trabalhos mais técnicos são mais facilmente automatizados. Para tarefas mais estratégicas, com análise criativa e imaginação, o humano ainda é a melhor opção.
  • Trauma: para que a integração das novas tecnologias seja eficiente os líderes precisam enfrentar a questão emocional envolvida, implementando a nova tecnologia no fluxo de trabalho e evitando que ela seja vista como uma inimiga.
  • Atualização: mesmo que a tecnologia substitua alguns postos de trabalho, pessoas ainda serão a base das empresas. O que é essencial é investir no desenvolvimento da força de trabalho para que ela alcance o conhecimento e as habilidades necessárias para esses novos postos de trabalho.

O futuro do trabalho chegou e para estar inserido nele é preciso entender que as mudanças não são apenas tecnológicas, mas principalmente humanas. É a maneira como os profissionais estão lidando com os novos tempos que os fará se destacar no futuro do trabalho.

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